Até o presente momento a
Santa Sé ainda não aprovou os textos eucológicos em português do Brasil
para a memória de São Pedro Julião Eymard na Liturgia das Horas. Assim, os textos aqui adotados
são os do Comum, a 2a leitura é a da LH de Portugal, e a oração final aquela que já consta no Missal.
V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem
demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. (Aleluia)
Esta
introdução
se
omite quando o Invitatório precede imediatamente ao
Ofício das Leituras.
Hino
Ant. 1 A vida ele
pediu, e vós lhe
destes;
de esplendor e majestade o revestistes.
Salmo 20(21),2-8.14
–2 Ó Senhor, em vossa força o rei se
alegra; *
quanto exulta de alegria em vosso auxílio!
–3 O que sonhou seu
coração, lhe concedestes; *
não recusastes os pedidos de seus lábios.
–4 Com bênção generosa o
preparastes; *
de ouro puro coroastes sua fronte.
–5 A vida ele pediu e vós
lhe destes, *
longos dias, vida longa pelos séculos.
–6 É grande a sua glória em vosso
auxílio; *
de esplendor e majestade o revestistes.
–7 Transformastes o seu
nome numa bênção, *
e o cobristes de alegria em vossa face.
–8 Por isso o rei confia no Senhor, *
e por seu amor fiel não cairá,
–14 Levantai-vos com poder,
ó Senhor Deus, *
e cantaremos celebrando a vossa força!
–
Glória ao Pai
e
ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant.
A vida ele pediu,
e vós lhe
destes;
de esplendor e majestade o revestistes.
Ant. 2 O caminho
do justo é uma luz
a
brilhar:
vai crescendo da aurora até o dia mais pleno.
Salmo 91(92)
I
–2
Como é bom agradecermos ao Senhor *
e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo!
–3 Anunciar pela manhã
vossa bondade, *
e o vosso amor fiel, a noite inteira,
–4 ao som da lira de dez
cordas e da harpa, *
com canto acompanhado ao som da cítara.
–5 Pois me alegrastes, ó Senhor, com
vossos feitos, *
e rejubilo de alegria em vossas obras.
–6 Quão imensas, ó Senhor,
são vossas obras, *
quão profundos são os vossos pensamentos!
–7 Só o homem insensato não entende, *
só o estulto não percebe nada disso!
–8 Mesmo que os ímpios
floresçam como a erva, *
ou prosperem igualmente os malfeitores,
– são destinados a perder-se para sempre. *
9 Vós, porém, sois o Excelso
eternamente!
– Glória ao Pai
e
ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant.
O caminho do justo
é uma luz a
brilhar:
vai crescendo da aurora até o dia mais pleno.
Ant.3 O homem justo
crescerá como a
palmeira,
florirá igual ao cedro que há no Líbano.
II
=10
Eis que os vossos inimigos, ó Senhor, †
eis que os vossos inimigos vão perder-se, *
e os malfeitores serão todos dispersados.
–11 Vós me destes toda a força de um
touro, *
e sobre mim um óleo puro derramastes;
–12 triunfante, posso olhar
meus inimigos, *
vitorioso, escuto a voz de seus gemidos.
–13 O justo crescerá como a palmeira, *
florirá igual ao cedro que há no Líbano;
–14 na casa do Senhor estão
plantados, *
nos átrios de meu Deus florescerão.
–15 Mesmo no tempo da velhice darão
frutos, *
cheios de seiva e de folhas verdejantes;
–16 e dirão: “É justo mesmo
o Senhor Deus: *
meu Rochedo, não existe nele o mal!”
– Glória ao Pai
e
ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant.
O homem justo
crescerá como a
palmeira,
florirá igual ao cedro que há no Líbano.
V. O Senhor conduz o justo em seu caminho.
R. E lhe revela os segredos do seu reino.
Primeira leitura
Segunda leitura
Dos escritos de São Pedro Julião Eymard, presbítero
(La présence réelle, vol. I, Paris 1950, pp. 270-271 e 307-308)
(Séc.XIX)
A Eucaristia, sacramento da vida
A Eucaristia é a vida de todos os povos. A Eucaristia é para todos a
fonte da vida. Todos se podem reunir na Igreja, sem impedimento algum,
quer de raça quer de língua, para celebrar a festa sacrossanta. A
Eucaristia dá-lhes a lei da vida, ou melhor, da caridade, de que este
sacramento é a fonte. Deste modo ela estabelece entre eles um vínculo
comum, uma certa familiaridade cristã. Todos comem o mesmo pão, todos
são comensais de Jesus Cristo, que estabelece sobrenaturalmente entre
eles uma certa concórdia de hábitos fraternos, conforme se lê nos Atos
dos Apóstolos. Eles afirmam que a multidão dos cristãos, quer dos judeus
convertidos quer dos pagãos batizados, provenientes de diversas
regiões, tinham um só coração e uma só alma. Porquê? Porque eram
assíduos a escutar a doutrina dos Apóstolos e perseveravam na fração do
pão.
A
Eucaristia é também a vida da alma e da sociedade humana, como o sol é a
vida dos corpos e da face da terra. Sem o sol, a terra é estéril; ele
alegra-a, adorna-a e enriquece-a; ele dá aos corpos a eficácia, a força e
a beleza. Perante estes fatos admiráveis, não nos admiremos de que os
pagãos o tenham venerado como o deus do mundo. Ele obedece ao Astro do
dia e segue o supremo Sol, o Verbo divino, Jesus Cristo, que ilumina
todos os homens que vêm a este mundo, e que, pela Eucaristia, como
sacramento da vida, actua no íntimo das almas, de tal modo que
transforma as famílias e as nações. Ditosa a alma fiel que encontra este
tesouro escondido, que assiduamente mata a sua sede nesta fonte da
vida, que come incessantemente este Pão da vida!
A
comunidade dos cristãos é realmente uma família e o vínculo entre os
seus membros é Jesus na Eucaristia. Ele é o pai que prepara a mesa da
família. A fraternidade cristã foi promulgada na Ceia simultaneamente
com a paternidade de Jesus Cristo; Ele chama aos seus Apóstolos filioli, isto é, meus filhos, e manda-lhes que se amem mutuamente como Ele os amou.
Na santa mesa todos são filhos que recebem o mesmo alimento; e por isso
São Paulo conclui que eles constituem uma família e formam o mesmo
corpo, porque participam do mesmo pão, que é Jesus Cristo.
Finalmente,
a Eucaristia proporciona à comunidade cristã a capacidade de observar a
lei do respeito e da caridade para com o próximo. Jesus Cristo manda
honrar e amar os seus irmãos. É por isso que Ele próprio os assume em Si
mesmo, dizendo: Tudo o que fizestes a um dos meus irmãos mais
pequeninos, a Mim o fizestes; Ele dá-Se a cada um na santa comunhão.
Responsório 1Cor 7,29.30.31; 2,12
R. Meus irmãos, o tempo é breve.
Os que se alegram sejam, pois,
como se não se alegrassem;
os que usam deste mundo, como se dele não usassem,
* Porque passa a aparência perecível deste mundo
V. Nós, porém, não recebemos o espírito do mundo.
* Porque passa.
Oração
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.